segunda-feira, 22 de abril de 2013

43° Dia: O dia mais comprido (110 km)

Apesar de ser quase todo reto, esse trecho foi um dos mais difíceis de se fazer. O vento contra resolveu voltar pra me empurrar pra trás de novo.

Sai as 8 da manha, precisava abastecer as reservas de água. Consigo levar comigo ate 3 litros de água que vou dosando conforme a distancia entre as cidades.

Acho curioso a cara das vacas que pastam perto da pista quando eu passo. Todas erguem a cabeça meio assustadas e ficam me olhando ate eu sumir. Imagino que devam pensar " mas que diacho e´ isso ai passando na estrada?"

( Curiosidade bovina)

Minha perna começou a doer logo nos primeiros 10 km, isso e´ um pouco desanimador mas logo pensei que depois do sangue esquentar eu já não sentiria mais isso, como um carro velho que funciona bem depois de aquecido..rs.

Meio dia e eu tinha feito metade do caminho, meio dia e eu tinha comido alem do cafe da manha apenas duas bananas. Parei em um posto de gasolina ( sorte encontrar um) mas almoçar nem pensar, ainda não fiz isso mas tenho a impressão que se encher o bucho no almoço não saio mais do lugar. Comi um pastel de carne apenas e um gatorade.

( Neguinha na barragem)

80 km e eu ja estava começando a me arrastar quando..quando?... rss...ai ai, quando me fura outro pneu, dessa vez e pela primeira vez foi o da frente, menos mal. Vinte minutos e problema resolvido. To aperfeiçoando esse reparo..rs.

100 km e eu ja não pensava direito, o que começa a ficar perigoso. Não se olha mais pra trás para ver se vem caminhão ou carro como se deveria. Eu os escuto mas começo a confiar que ele vão desviar e nem olho pra trás, um erro muito grande. Parei pra descansar um pouco.

Todo sonho ou projeto e´ construído com 20% de inspiração e 80% de transpiração. Eu suo tanto nas pedaladas que o sal do suor fica na camisa como da pra ver na foto. Toda parte branca e´ sal puro.

( O branco é sal do suor..)

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